Minha carteira de renda variável nos EUA


Salve galera da Finansfera!

Quando resolvi enviar meu dinheiro para o exterior tinha muitas questões em jogo:

Geração de fluxo de caixa em dólar (preferência pelos dividendos)




Aqui no Brasil eu estava, e ainda estou, sentindo um certo desconforto, pois não é de hoje que os republicanos detestam a democracia e os empresários tem pavor do liberalismo econômico.

Conchavos, fisioligismos e todo tipo de perigosas transações entre o público e o privado estão sendo feitas diuturnamente e não dá para ficar à mercê desta situação.

Desta forma, fiz conforme apresentado neste post uma abertura de conta no BB Américas e na Interactive Brokers, aproveitei o fechamento das minhas posições em tesouro pré-fixado e o dólar em patamares muito baixos para fazer minhas remessas. No total, dolarizei 33% das economias.

O resultado disto é que a carteira não está sofrendo com a volatilidade do Brasil, já que o câmbio compensa bem.

São 500 empresas só no índice principal S&P500 e mais de 2.000 no índice expandido, o Russell.

Fiquei meio perdido e resolvi buscar por ajuda. Recomendo muito os sites citados abaixo. Em geral eles recomendam o investimento nas ações que historicamente pagam dividendos à 20, 30, 50 anos.
- hello suckers (esse aqui também fala de geração de renda com opções)
- divhut
- dividend portfolio
- Sure Dividend (tive acesso à um relatório gratuito que me ajudou muito no começo)

Minha lista de investimentos ficou muito grande e eu considero a possibilidade de me adequar no futuro, mas por ora sigo comprando aquelas que o mercado estiver castigando mais.

Distribuição:

Carteira Ações: 73,8%

Carteira REITs: 25,8%

Carteira ETFs: 0,4%

Abaixo tem um quadro com as ações, proporcionalmente ao seu peso, dividido em setores e a variação no último mês (Jul/2018).

Tenho pensado em migrar para ETFs. Como são tantas empresas boas, selecionar um grupo pequeno ao invés da bolsa inteira parece não valer o esforço. Até por isso estou montando minha carteira de ETFs, para ver a diferença no longo prazo. Teoricamente, os ETFs iram amortecer a minha carteira, trazendo o resultado para o valor do bechmark. Abaixo temos o desempenho histórico da minha carteira comparado com 3 benchmark (Bovespa, VT=SP500 e VTI=Russel2000).


Até onde consigo vislumbrar, a minha estratégia (se bem executada) conseguiria ganhar do benchmark no longo prazo, mas nunca no curto. Acontece que selecionar empresas e fazer uma limpeza na carteira no exterior está dando um trabalho que pode não ser recompensado. Historicamente a maioria das pessoas (e fundos de investimentos) perdem para o benchmark.




Sempre vale a pena lembrar que nos EUA existe uma classe de ações chamadas MPLs que merecem destaque. Elas possuem um regime de tributação diferente que pode ser prejudicial para quem não faz declaração de ajuste anual por lá. Comentei detalhes destes ativos nesse post.

Outro ponto muito importante são os dividendos. Não é bem aceito por lá uma empresa reduzir o pagamento de um trimestre para o outro. Se a explicação não for bem convincente, as cotações vão despencar. Falei um pouco disto neste post.

Recentemente fiz um estudo sobre mercado de opções nos Estados Unidos e fiz minhas primeiras experiências com lançamento de call coberta. Agora todas as peças estão no tabuleiro!

Grande abraço, bons investimentos e até o próximo post!!!

Disclaimer: Não sou analista certificado. Todos os ativos apresentados nesse blog são apenas ilustrativos, não representando qualquer indicação (nem de compra, nem de venda, nem de manutenção).
Este blog serve apenas para fomentar discussões e trocar experiências.
Conheça bem o mercado que você investe, pois os resultados de suas operações são de sua inteira responsabilidade.

Comentários

  1. Os sites estrangeiros que falou sobre dividendos são muito bons. Para quem sabe inglês, fale a pena os ler.

    Abraço e bons investimentos.

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    1. Obrigado DIL!
      Acho muito importante estudar outro idioma. Pesquisar esses sites ajuda a ficar em contato com a língua e conhecer termos novos.
      Grande abraço!

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  2. Muito bom Janota. Sigo o mesmo caminho. Apesar de estar mais indexado que você estou pensando em seguir o caminho inverso uma vez que o Yield on cost não funciona com ETFs então manter uma carteira DGI com ótimas empresas é imprescindível. Abcs

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    1. Talvez o ideal seja o caminho do meio rsrs.
      Pretendo permanecer entre 30 a 50 % dolarizado, mas não devo aumentar posição com atual patamar do dólar. Continuo estudando as possibilidades.
      Grande abraço!

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  3. Olá Janota,

    Legal seu caminho. Como meu patrimônio é pequeno ainda, estou preferindo manter pequenas ações do que ter um ETF. Mas não descarto comprar um não.

    E usei o Sure Dividendo com um guia!

    Abraço!

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    1. Olá Inglês!
      Valeu pelo comentário!
      Foi através do Sure que tive contato com a importância do dividendos para o pequeno investidor nos EUA e por conta disso a média histórica de dividendos e a velocidade com que ele cresce acaba resumindo bem a trajetória da empresa!
      Grande abraço! Sucesso!

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  4. Boas referências Janota,

    Só fique atento com ETF. Tem que escolher bem porque os ganhos com ações, no meu caso, tem superado meus ETF.
    Da uma conferida neste post no novo site. Fiz um balanço do ano entre os dois.

    https://www.comoinvestirnoexterior.com/acoes-ou-etf/

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    1. Olá BPM!
      Vou estudar seu post com calma! Pelo que já andei lendo o grande vilão dos ETFs são as taxas.
      Grande abraço!

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  5. Problema de Indexar via ETF visando dividendos:
    Of the 6 largest S&P 500 stocks by market capitalization, only 2 pay any dividend at all. The 6 largest S&P 500 stocks by market cap along with their yields (or lack thereof) are listed below:

    Apple (AAPL) – 1.4% dividend yield
    Amazon (AMZON) – No dividend
    Google (GOOG) – No dividend
    Microsoft (MSFT) – 1.5% dividend yield
    Berkshire Hathaway (BRK.B) – No dividend
    Facebook (FB) – No dividend
    The S&P 500 is market cap weighted. This means the largest companies by market cap make up a disproportionate weighting in the S&P 500. The 6 stocks above make up around 18% of the S&P 500 and have an average yield of just 0.5% between them.

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    1. Olá AA40!
      Esse aí ainda é minha grande questão em relação aos ETFs. Sem contar que essas gigantes ainda possuem um altíssimo preço/lucro.
      Grande Abraço!

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