Planejamento de investimentos: balanço de fim de ano e metas 2019


Salve Galera da Finansfera!

Estamos chegando ao término de 2018 e isso pede um balanço do ano e um planejamento para o ano de 2019.



No ano de 2018 foi a primeira vez que fiz um acompanhamento através do blog durante todo ano e constantemente registrei meus pensamentos, ideias, mudanças de planos, erros e acertos. O planejamento de 2018 foi a base para as operações deste ano e precisamos construir neste post as bases para o ano de 2019. Para dar continuidade à esta “Nova Tradição” vamos fazer uma pequena resenha dos aspectos que merecem destaque:

Renda Passiva
No planejamento do ano de 2018 tive muita dificuldade de estabelecer uma meta para a renda passiva, tanto que já no primeiro fechamentoa meta foi aumentada e no meio do ano a meta foi novamente aumentada.

Metas devem ser desafiadoras e por isso para 2019 vou considerar que obterei um rendimento médio na minha carteira de dividendos com um aumento de 45% em relação aos valores recebidos em 2018. Sendo assim espero obter um rendimento médio de R$3.400/mês de renda passiva. Este incremento está ligado à uma expectativa de crescimento médio de 30% na carteira de renda variável, incluindo aportes.

Alocação no exterior
A alocação de investimentos no exterior foi a manobra mais acertada que fiz em 2017 e teve seus resultados colhidos em 2018. O dólar subiu bastante, o que ajudou na rentabilidade geral da carteira, em compensação os ativos ganharam pouco valor, já que quando se observa o ano de 2018 o S&P500 andou de lado.

Pretendo realizar envios para o exterior toda vez que odólar voltar para patamares de 3,70 BRL/USD. Esse valor pode ser revisto conforme a macroeconomia evolua. Há um grande medo dos Estados Unidos entrarem em recessão, mas no meu entendimento uma recessão por lá iria atingir o Brasil também, de forma que não há lugar seguro para investimentos.

Outro ponto é que pretendo utilizar mais ETFs na ponderação da carteira, de forma a tornar a alocação no exterior mais simples.

FIIs de Papel e CDBs
No ano de 2018 fiz um incremento nas minhas posições de FIIsde Papel e considero que este investimento similar à renda fixa devido à sua natureza e por isso a carteira de CDBs recebeu quase nenhum aporte.

Por outro lado, fiz investimentos em CDBs de alta liquidez para gerar sinergia com a carteira de Trade com Opções. Estes ativos entram no meu controle como Disponibilidades e não como rendimento em renda fixa.

Acredito que o controle serve para ajudar, então não preciso seguir padrões rígidos de definições de contabilidade pessoal, desde que faça sentido para mim.

A alocação em FIIs de papel aumenta renda passiva com ativos de alta resiliência.

Geração de Renda com lançamento de Opções
Esta operação é a que mais anima o portfólio, mas não me entenda mal! É uma operação que é relativamente simples e ocupa pouco tempo para sua implementação.

Essa carteira tem operações de duas naturezas.

O primeiro tipo de operação é puramente para geração derenda com opções, faço isto usando Call ou Put, dependendo da situação da carteira. De forma que os ativos adquiridos com lançamento de Put, ficam na carteira à espera de uma oportunidade de lançamento de Call Coberta. Este giro na carteira tem garantido uma boa rentabilidade. Enquanto as ações estão no “banco de reservas” eu espero receber algum dividendo, além de aguardar uma retomada para fazer o lançamento da Call para ter um bom ganho de capital. Isso aconteceu com CMIG4 e BBAS.

No segundo tipo de operação a geração de renda é um efeito “colateral”. Lanço a Put (opção de venda) em ativos da carteira buy and hold que pretendo comprar já nos preços que os ativos se encontram, essa estratégia ajuda a melhorar o preço médio e a margem de segurança, mas eventualmente não consigo comprar o ativo e então me resta a geração de renda. Os ativos desta carteira possuem uma rentabilidade muito inferior para a estratégia de geração de renda com opções, mas tem muita qualidade para a minha carteira Buy and Hold. Consegui fazer isso com sucesso nas ações da ABEV3 e BBSE3. Por outro lado, as ações da EGIE3 só consegui gerar renda.

Por conta destes dois tipos de renda com opções a definição da meta fica amarrada às oportunidades que surgirão no mês para a aquisição com ações com PUTs e o tamanho da operação pura de trade com opções para geração de renda. Neste sentido a meta será definida em termos de rentabilidade! Espero obter 1,5% de rendimento em cima da exposição com opções no mês. Esta exposição é medida no período que vai de um vencimento ao outro para efeitos deste acompanhamento e o montante são todas as operações abertas, independentemente do mês de vencimento.

A meta financeira, que virá em termos de exposição, será acompanhada mês a mês e no acumulado. O acompanhamento resultado financeiro acumulado ajuda a “filtrar” as oscilações das operações ao longo do ano.



Portfólio
A tabela 1 apresenta a distribuição do portfólio meta para 2018, sua oscilação ao longo do ano e o portfólio meta para 2019.


A primeira coisa que salta aos olhos é a redução em renda fixa na carteira. Num primeiro momento esta redução esteve relacionada à dolarização do portfólio e existem dois aspectos que são importantes de ressaltar. O incremento da posição de FIIs, que são quase que exclusivamente de papel, e conforme expliquei acima, vejo este investimento como se fosse uma renda fixa, desde que os ativos sejam adquiridos com um pequeno ágio, preferencialmente deságio, em relação ao valor patrimonial.

Outro aspecto está relacionado ao par Disponibilidades e Trade / Opções. Estas duas posições do portfólio irão trabalhar em conjunto, de forma que me importa a soma das duas posições. Espero que esta carteira seja mantida quase que na sua totalidade em renda fixa de alta liquidez (Disponibilidades).

A parcela alocada em Disponibilidades está relacionada ao lançamento de Puts, tanto para adquirir ativos, quanto para gerar renda e a parcela de Trade / Opção está relacionada a ativos que foram adquiridos e estão aguardando o exercício de uma Call coberta para serem vendidos com lucro.

A parcela de renda variável e renda fixa no exterior evoluiu em função da cotação do dólar, já que quase não realizei aportes. Para o próximo ano poderá haver mais movimentações na carteira em função da cotação da moeda estadunidense.

Manteremos o foco em renda passiva, de forma que oscilações no preço são encaradas como oportunidade, desde que os ativos não tenham perdido fundamentos.

Aluguel das ações da carteira buy and hold dá algum resultado em mercado baixista. Por enquanto esta carteira tem um papel bem secundário na geração de renda passiva.

Resultados
Para os últimos 12 meses o portfólio obteve uma TIR de 1,46% ao mês, ou um rendimento de 19,06% ao ano. Foi um ano de excelentes resultados, mas acredito que o desafio de 2019 será ainda maior.
Fonte dos indicadores Anbima



Conclusão

Renda passiva continua sendo a parte principal do nosso acompanhamento de investimentos, já que esta oscila bem menos que o preço das ações. E é esta a forma de independência financeira que busco.

A meta de aposentadoria está atualizada e pelas projeções atuais teremos que trabalhar algo como 8 anos para atingir o nosso valor.

Pretendo manter o fechamento mensal de renda passiva e renda com trade de opções. Acredito que este fechamentos me ajudam a pensar os meus movimentos, registrar minhas conclusões e afinar meu modelo mental, além é claro, de fomentar discussões com toda a finansfera!

Grande abraço, bons investimentos e até o próximo post!!!

Disclaimer: Não sou analista certificado. Todos os ativos apresentados nesse blog são apenas ilustrativos, não representando qualquer indicação (nem de compra, nem de venda, nem de manutenção).
Este blog serve apenas para fomentar discussões e trocar experiências.
Conheça bem o mercado que você investe, pois os resultados de suas operações são de sua inteira responsabilidade.

Comentários

  1. Legal os seus objetivos!

    As minhas duas estratégias de opções preferidas, são as duas que falou.

    Uma é venda coberta longe do strike para ter pouca chance de ser exercido e gerar uma renda extra para comprar mais ações.

    O outra é comprar Put "cobertas" de ações que eu quero para Buy and Hold de excelentes empresas. Se for exercido compro uma excelente ação. Se não for exercido obtenho uma renda extra.

    Abraço e bons investimentos.

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    1. Olá DIL,
      Essa estratégia com opções me ajudou a segurar o rendimento da carteira no final do ano e consegui adquirir BBSE e ABEV à um bom preço. Muita gente tem preconceito com esta estratégia pois o modelo mental para usá-la destoa do senso médio.
      Grande abraço!

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  2. Muito legal Janota, espero trocar muitas ideias durante 2019. Comecei a levar mais a sério essa parte de acompanhamento mais pro final de 2018 e espero atingir a maturidade e conteúdo nos meus posts como os seus.

    abs.

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    1. Olá IdTI!
      Obrigado pelos comentários!
      Com certeza vamos trocar muitas experiências esse ano.
      Acho que desenvolver essa consciência à partir de posts ou diários muito válida para acelerar os ganhos!
      Grande abraço!

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  3. Olá Janota!

    Excelente resultado meu caro! Sobre opções, a CMIG tem boa liquidez?

    Vou montar uma lista com as opções mais liquidas para ver o que faço ano que vem rs. Pretendo voltar a operar regularmente.

    Abraço!

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    1. Olá Inglês!
      Cemig tem boa liquidez quando está perto do preço e uma volatilidade bem alta, o que significa prêmios gordos. Mas é preciso ter estômago forte, pois às vezes tenho que manter ela encarteirada, pois não realizo prejuízo nessa operação.
      O investidor da TI operou só ela mês passado, confere lá o resultado dele!
      Abraço!

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  4. Belas metas, Janota! Vc investe no exterior por qual corretora? Já ouvi falar na Avenue?

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    1. Olá FeP!
      Obrigado pelo comentário!
      Utilizo Interactive Brokers.
      Essa avenue é uma montada por investidores brasileiros? Como estou bem satisfeito com a IB não me informei sobre as novidades.
      Abraço!

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  5. Fala Janota! Show de bola seu planejamento financeiro. Eu continuo em compasso de espera avaliando se realmente vale a pena investir no exterior e em qual país. Os custos para investir nos EUA não são nada animadores. Mas ainda preciso me aprofundar mais nesse assunto.

    Abraços.

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    1. Olá Investidor de Risco!
      Como falei no post o maior benefício foi a subida do dólar.
      Acho que vale a pena investir estudo em ETFs que não distribuem dividendos. Estou com isso no radar, mas como não estou aportando em dólar acabou não sendo prioridade.
      2017 foi o ano que ganhei com taxa de juros caindo (tesouro ipca e pre), técnica que vc explicou muito bem no seu blog. 2018 foi dólar. Tenho expectativa que 2019 será bolsa, mas o cenário externo não tá ajudando.
      Grande abraço!

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